Elisabete Maria
Hoje fui levar a Fi à escola, como de costume, fico no portão a olhar para ela enquanto saltita e corre para a sala, nesse espaço de tempo não pude deixar de ouvir uma conversa entre uma auxiliar educativa( no meu tempo eram a continuas mas parece que este nome é mais chique) e uma avô.
O teor da conversa era sobre uma menina de uns 6 ou 7 anos que no dia anterior tinha entrado na sala de aulas antes da hora e num acesso de fúria desfez uns quantos livros dos colegas assim como estragou cortinados papeis etc...
Ora a meu primeiro pensamento foi:
-Caramba umas boas palmadas não lhe faziam nada mal, não senhor.
Mas depois lá presto mais atenção e ao que parece a menina esta ser criada só com o pai e a tia e que a mãe não queria saber dela.
E de repente fiquei com o coração apertadinho... meu Deus! como se sentirá uma menina de 6/7 anos para fazer o que fez? Que maus tratos e negligências terá passado? Para só desta forma poder dizer, eu estou aqui a sofrer, olhem para mim, esta é a única forma de dizer o que sinto, ajudem-me.
Os actos desta menina foram um grito de dor e disso não tenho a miníma dúvida.
Como é que desistiram dela? Como se desiste de um filho?
E fiquei a pensar... o meu coração continuou apertadinho e lembrei-me da Elisabete Maria.
A Elisabete Maria é uma bébé linda, linda, que foi deixada na pediatria do Hospital S.Francisco Xavier depois de ter alta.
Desistiram dela!
Foi uma bébé que eu conheci quando a Catarina esteve lá internada (talvez um dia contarei as peripécias que passamos).
Foi uma bébé que ficava dias e dias sem que viesse uma visita, só uma.
Acarinhada por toda a extraordinária equipa de enfermeiras e médicos, mas isso só não chega, é preciso mais...
E eu queria tanto, tanto, colocá-la no carrinho e trazê-la para casa junto com a minha filha.
Quase todos os dias penso nela, e hoje mais do que nunca.
Onde estará ela? Será que daqui a 6 ou 7 anos irá rasgar os livros e cadernos dos colegas?
Para ti Elisabete desejo-te uma vida cheia de colo e miminhos, que eu não te pude dar, que não me deixaram dar.
P.S. Elisabete Maria, é o meu nome, estranho acaso...
O teor da conversa era sobre uma menina de uns 6 ou 7 anos que no dia anterior tinha entrado na sala de aulas antes da hora e num acesso de fúria desfez uns quantos livros dos colegas assim como estragou cortinados papeis etc...
Ora a meu primeiro pensamento foi:
-Caramba umas boas palmadas não lhe faziam nada mal, não senhor.
Mas depois lá presto mais atenção e ao que parece a menina esta ser criada só com o pai e a tia e que a mãe não queria saber dela.
E de repente fiquei com o coração apertadinho... meu Deus! como se sentirá uma menina de 6/7 anos para fazer o que fez? Que maus tratos e negligências terá passado? Para só desta forma poder dizer, eu estou aqui a sofrer, olhem para mim, esta é a única forma de dizer o que sinto, ajudem-me.
Os actos desta menina foram um grito de dor e disso não tenho a miníma dúvida.
Como é que desistiram dela? Como se desiste de um filho?
E fiquei a pensar... o meu coração continuou apertadinho e lembrei-me da Elisabete Maria.
A Elisabete Maria é uma bébé linda, linda, que foi deixada na pediatria do Hospital S.Francisco Xavier depois de ter alta.
Desistiram dela!
Foi uma bébé que eu conheci quando a Catarina esteve lá internada (talvez um dia contarei as peripécias que passamos).
Foi uma bébé que ficava dias e dias sem que viesse uma visita, só uma.
Acarinhada por toda a extraordinária equipa de enfermeiras e médicos, mas isso só não chega, é preciso mais...
E eu queria tanto, tanto, colocá-la no carrinho e trazê-la para casa junto com a minha filha.
Quase todos os dias penso nela, e hoje mais do que nunca.
Onde estará ela? Será que daqui a 6 ou 7 anos irá rasgar os livros e cadernos dos colegas?
Para ti Elisabete desejo-te uma vida cheia de colo e miminhos, que eu não te pude dar, que não me deixaram dar.
P.S. Elisabete Maria, é o meu nome, estranho acaso...
2 Comments:
Ai que triste, coitada dessa menina e de todas as outras que sofrem... Nunca sabemos o que está por detrás das atitudes destas crianças...
Que horror!!
Mais duas tristes histórias! Como é que é possível?
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